sábado, 20 de novembro de 2010

CÂNTICO DOS CÂNTICOS


1 Em meu leito, durante a noite,

busquei o amor de minha alma:

procurei, mas não o encontrei.

2 Hei de levantar-me e percorrer a cidade,

as ruas e praças,

procurando o amor de minha alma:

Procurei, mas não o encontrei.

3 Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade.

Vistes o amor de minha alma?

4 Apenas passara por eles,

encontrei o amor de minha alma:

agarrei-me a ele e não o soltarei

SALOMÃO

O Silencio


Tem momentos na vida que precisamos ficar em silencio, precisamos escutar o que vem do nosso coração, da alma.
Preciso desse silencio nesse momento, preciso escutar o que diz meu coração, minha alma e principalmente a Deus.
Tem tantas coisas acontecendo dentro de mim, tenho tantas perguntas sem respostas e que com certeza muitas delas jamais terei, estou com tantos sentimentos confusos, estou por muitas vezes me perdendo de mim mesma.
Mas preciso agora ficar em silencio, entender muitas das coisas que aconteceram e estão acontecendo, preciso escutar a voz de Deus, para conseguir a serenidade, somente assim conseguirei seguir em frente.

Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela. Albert Einstein

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

VERDADEIROS AMIGOS


"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade
que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite
que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem
intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido
todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os
meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o
quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer
o quanto gosto deles.Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão
incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não
declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de
como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto
pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida
ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da
vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando
comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que
são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os."

(Vinícius de Moraes)*

domingo, 14 de novembro de 2010


Não sei porque você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...

Você marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...

Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você